"Tenho me perguntado por que os jovens estão tão indispostos consigo mesmos. Nada mais lhes dá prazer, uma Mobilete aos dezesseis anos, um carro aos dezoito, vai por si só. E quando não temos, sentimo-nos miseráveis. Eu também, em todos meus sonhos, imagino-me com um apartamento e um carro, é evidente. Matar-se, como minha mãe, por um apartamento ou um sofá novo, é coisa de débil. Era bom para nossos pais, com suas teorias ultrapassadas. Para mim, e acho que para muitos dos da minha geração, essas coisas materiais, esse pequeno conforto é o mínimo vital. Precisamos de algo mais. O que dá um sentido para a vida. E isto não vemos em parte alguma; mas certo número de jovens, e eu me incluo entre eles, está sempre em busca do que poderá dar sentido à vida."
Trecho do livro Eu, Cristiane F..., de Kai Hermann e Horst Rieck, em 1978.
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